As mulheres sempre sofreram conseqüências psíquicas, sociais, físicas e econômicas da guerra. Assim, desde a antiguidade até o presente, o estupro massivo das mulheres é parte integral das guerras. As mulheres e seus corpos foram por vezes considerados como despojo de guerra, outras como moedas de troca. São vistas como o repouso do guerreiro, seu corpo identificado como solo inimigo e por isso um campo de batalha. A luta se dá pelo controle dos corpos das mulheres vistas como um recurso igual a qualquer outro e por isso um motivo legítimo para o conflito. Em todos estes casos as mulheres são rebaixadas à categoria de objeto e percebidas como propriedade dos homens.

A Marcha Mundial das Mulheres reivindica a desmilitarização e defende que a cultura de paz vá além da mera ausência da guerra. Assim, trava uma luta pelos direitos das mulheres em áreas de conflito, pelo fim da violência sexual e da escravidão como armas de guerra e protesta contra a impunidade dos agressores, sejam eles Estados ou grupos. O presente documento, expõe a visão da MMM e as reivindicações do movimento para a construção de outra realidade para as mulheres.

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