Quando participamos de grupos de consumo ou compramos em feiras em que conhecemos as agricultoras, nossa relação de confiança é a garantia de que o alimento foi produzido sem veneno. Quando a venda é direta, mas um pouco mais distante – feiras nos grandes centros ou compras públicas do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ou do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) – existe o mecanismo de certificação participativa por Organismos de Controle Social (OCS). Por este mecanismo, um grupo de no mínimo 3 agricultoras e consumidoras se acompanham mutuamente, comprovando que não há uso de agrotóxico e encontrando, juntas, soluções para os desafios que encontram na produção.

As mulheres de Peruíbe e Miracatu, acompanhadas pela ATER realizada pela SOF, se organizaram na União das Mulheres Agricultoras (UMA). Em 20 de abril, receberam o representante do MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) para esclarecer dúvidas e conhecer mais sobre o sistema de OCS de certificação participativa.

Elas envolveram mulheres urbanas de Peruíbe e Santos no grupo. A expectativa é comercializar seus produtos com barracas eventuais e nas feiras de orgânicos. No dia 23 de setembro, as mulheres da UMA deram entrada nos documentos e agora, no dia 30 de outubro, compartilharam os certificados com uma celebração entre elas e amigas. Este certificado é exigido pelas feiras de produtos orgânicos e, no caso das compras públicas, os preços têm um acréscimo de 30%.