Documentário “Raízes da Resistência” e vivência “Olhares que cultivam: mulheres e agroecologia e economia solidária” têm apoio do Projeto Gengibre e da SOF
A equipe da Sempreviva Organização Feminista (SOF) participou na quinta-feira, 5 de junho, da exibição no Sesc de Registro, no Vale do Ribeira (SP), do fillme documentário “Raízes da Resistência” (Brasil, 2024).
A produção ecoa a voz das mulheres agricultoras engajadas na construção da agroecologia e do feminismo no Vale do Ribeira e na Zona da Mata mineira, no sudeste do Brasil, que vivem em territórios marcados por graves conflitos socioambientais, nos quais se chocam diferentes concepções de natureza e relações de gênero. São mostrados o conhecimento, as práticas e a organização socioeconômica e política que permitem que essas agricultoras (re)construam seu ambiente diariamente e desenvolvam sua compreensão da agroecologia.
O filme documentário foi realizado pela Sabi Filmes e Vanessa Maciel no contexto do projeto de pesquisa-ação “Gengibre – Relação com a natureza e igualdade de gênero Uma contribuição à teoria crítica a partir de práticas e mobilizações feministas na agroecologia no Brasil”, desenvolvido por uma equipe franco-brasileira do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França (IRD), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA/ZM), SOF e Universidade de Toulouse (França).
A apresentação contou com a moderação de Marília Santana, da Sabi Filmes, e participações das pesquisadoras Liliam Telles e Natalia Lobo, e das agricultoras Valdirene Corrêa, do Vale do Ribeira, e Lenita Raposo da Costa, da Zona da Mata. Cerca de 60 agricultoras da região estiveram presentes na exibição e viram o filme pela primeira vez. Uma segunda exibição aconteceu no sábado, 7 de junho, às 14 horas.



Já a exposição/vivência “Olhares que cultivam: mulheres, agroecologia e economia solidária”, produzida por Marília Santana e Marco Toresin, inclui utensílios, sementes, fotografias e vídeos que retratam os cotidianos das mulheres agricultoras do Vale do Ribeira e a importância de suas práticas para a região. Algumas das fotografias expostas foram realizadas pelas técnicas da SOF que executam ATER Mulheres. As fotos em 3X4 usadas para identificar cada agricultora no Sistema de Gestão da ANATER foram ressignificadas dispostas numa peneira que acolheu a todas para simbolizar o protagonismo das agricultoras no projeto.
Ambas as atividades integraram a terceira edição do projeto “Territórios do Comum” 2025, uma ação do Sesc São Paulo que promove a cidadania e espaços de encontro entre saberes tradicionais, saberes técnicos, ação comunitária e política pública. Neste ano, o tema é “Resiliência e Regeneração para Cidades e Comunidades Sustentáveis”. A programação vai até 14 de junho e pode ser acessada no site do sesc, clicando aqui.