A produtora Aguapé acaba de lançar seu novo curta “Agroecologia e feminismo: da produção ao consumo uma rede em gestação”, realizado em conjunto com a SOF, a Quitandoca e os coletivos CCRU e Comer AtivaMente. O vídeo resgata falas de agricultoras com experiências de comercialização direta e de participantes de grupos de consumo.

Nos dias 8, 9 e 10 de outubro de 2016, cerca de 50 pessoas se reuniram no Centro de Envolvimento Felipe Moreira, em Barra do Turvo. Eram agricultoras de diferentes bairros de Bairro do Turvo, de Pariquera-Açu e Peruíbe assessoradas pela SOF, agricultoras dos acampamentos Irmã Alberta e Dom Tomás Balduíno, integrantes dos grupos de consumo, da Quitandoca e da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da USP. Foi um mutirão de conversas,  manejo das agroflorestas e preparo das refeições.

O vídeo resgata o primeiro momento onde cada grupo se apresentou compartilhando seu processo e seus princípios. Desta forma se expressaram alguns dos princípios básicos da soberania alimentar, que articula campo e cidade e se combina com a autonomia das mulheres: diversidade, controle das agricultoras sobre o processo, comer como um ato político e militante.

Nos dias seguintes, agricultoras e trabalhadoras e trabalhadores da cidade discutiram temas como logística, preços, comunicação e outros desafios para fortalecer e ampliar esta prática que já teve impacto na renda das agricultoras e na qualidade da alimentação das pessoas que vivem na cidade. “A gente em nenhum momento achou que ia ser uma coisa pronta, porque sempre atuamos a partir da perspectiva do que a mulher faz. E aí fomos desafiadas por essas mulheres aqui a fazer comercialização. A gente precisou muito de vocês [dos grupos de consumo] para fazer isso”, diz Vivian, técnica da SOF, no início do documentário.

O vídeo está disponível no canal da Aguapé no YouTube: