O artigo “A economia solidária e as teorias feministas: possíveis caminhos para uma convergência necessária”, de Isabelle Hillenkamp, Isabelle Guérin e Christine Verschuur está disponível para download.

O texto original “Economie solidaire et théories féministes: pistes pour une convergence nécessaire” foi publicado na Revista de Economia Solidária da Associação Centro de Estudos da Economia Solidária do Atlântico, nº 7, p. 5-43. ACEESA, Ponta Delgada, outubro de 2014. A tradução para o português é de Nathalia Capellini.

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“As mulheres são majoritárias em várias iniciativas de economia solidária, tanto em países do norte quanto em países do sul. Tanto em grupos de produção artesanal ou agrícola, de troca local, finanças solidárias, associações comunitárias quanto no trabalho em cooperativas, sociedades mutualistas ou associações, as mulheres são geralmente sobre-representadas. Essa observação indica que a economia solidária, que baseia a organização da produção, do financiamento, das trocas e do consumo no princípio de reciprocidade em articulação com outros princípios descritos por Karl Polanyi (1983 [1944], cap. 4), como os de mercado, de redistribuição e de autossuficiência, é atravessada por relações de gênero. Resultam então, questões fundamentais como, por exemplo, saber se as mulheres encontram na economia solidária um caminho para a emancipação ou se a solidariedade entre mulheres, muitas vezes pobres, acaba reproduzindo os mecanismos da sua própria exploração.”