Este artigo de Miriam Nobre foi publicado na Revista NEADS v.1 n.1 do IFSP. A Revista NEADS é um periódico semestral interdisciplinar, tem como foco principal a publicação de temas relacionados ao desenvolvimento sustentável em todas as suas vertentes. 

Neste texto, apresentamos uma reflexão onde a agroecologia é a um só tempo, prática, ciência e movimento. Tal reflexão aproxima ao máximo a produção agrícola e animal aos processos da natureza, reconhecendo a expressão de uma forma particular de relação entre a natureza e a cultura. Reconhece dois princípios presentes no diálogo entre a economia feminista e a ecologia política: a eco dependência e a coevolução entre sistemas naturais e a sociedade, ao mesmo tempo que evidencia o trabalho das mulheres, seus espaços e tempos. Nesse contexto as mulheres são protagonistas nas práticas agroecológicas e nos conhecimentos a elas associados. Em geral são elas que selecionam, guardam e trocam as sementes. Utilizam critérios de seleção com base no gosto, tempo de cozimento e resistência pós-colheita. Ou seja, são critérios relacionados à vida, aos valores de uso, sendo totalmente diferentes dos critérios das corporações transnacionais que disseminam variedades resistentes aos agrotóxicos vendidos por elas mesmas e que demandam a compra de sementes de todas as safras, visando assegurar a realização de valores de troca.

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