No dia 24 de abril de 2013, em Bangladesh, 1.134 pessoas que trabalhavam em oficinas terceirizadas para grandes empresas como Benetton, Gap e Walmart morreram com a queda do edifício Rana Plaza, onde se localizavam as oficinas de costura. Desde então, este é um dia de ação e solidariedade feminista que conecta militantes da Marcha Mundial das Mulheres em todo o mundo na luta contra o poder e a impunidade das empresas transnacionais. No Brasil, as ações nesse dia têm articulado o enfrentamento às empresas com a resistência aos retrocessos nas condições de trabalho. Empresas como as do grupo Riachuelo, Marisa e Walmart são alguns dos alvos de denúncias em ações recentes. As mulheres de outros movimentos sociais, como os que integram a Via Campesina, também realizam ações de enfrentamento às empresas como estratégia de luta contra o agronegócio, como por exemplo contra a Aracruz, em 2006, e mais recente, em 2018, contra a Nestlé, entre outras. Colocar rosto e dar nome aos agentes do mercado é uma estratégia que contribui para desnaturalizar o controle e domínio que as empresas têm sobre a vida em seu conjunto, além de visibilizar que seu lucro é garantido pela exploração desenfreada do trabalho e da natureza.

Para ler na íntegra o texto, que é um extrato do artigo “Economia feminista em movimento: experiências e desafios teórico-políticos a partir das lutas das mulheres”, publicado na Revista Temáticas 52/2018, clique aqui.