Em dezembro de 2022 e janeiro de 2023 a Marcha Mundial das Mulheres do Estado de São Paulo realizou duas importantes plenárias estaduais depois de um período intenso de luta. As mulheres brasileiras foram fundamentais para derrotar, nas eleições, uma direita organizada como não se via no Brasil desde os anos 1930.

A plenária do dia 12 de dezembro marcou a celebração da nova conjuntura política depois das eleições. Outro momento importante neste dia foi a realização de uma festa para a companheira Sonia Coelho, que se mudou para Santa Catarina e carrega consigo a luta das mulheres, em qualquer lugar onde estiver.

Já a plenária de 21 de janeiro marcou também um momento de retomarmos a história da MMM até aqui, debater os desafios da organização do movimento para o próximo período e também os preparativos para o dia 8 de março e para a Marcha das Margaridas 2023 que será nos dias 15 e 16 de agosto com o lema “Margaridas em marcha pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.

As duas reuniões reuniram marchantes de dez cidades de São Paulo (Botucatu, Campinas, Diadema, Guarujá, Osasco, Peruíbe, Registro, São Bernardo do Campo, São Paulo e Ubatuba). Durante a plenária de dezembro foi formada uma coordenação estadual com participação de companheiras de Campinas, Ubatuba, Vale do Ribeira, regiões Sudeste, Sul e Leste da capital.

As atividades envolveram também momento de grupos de discussão onde foram apontadas as principais tarefas para 2023: enfrentar a direita e fazer a disputa na sociedade afirmando o projeto feminista anticapitalista, antirracista, anticolonial, contra a lgbtfobia da Marcha, em contraposição ao feminismo liberal.

Para isso é necessário enraizar a Marcha nos territórios. Eis a segunda tarefa principal: formar mais núcleos, com participantes de diferentes segmentos da sociedade, de forma a refletir a diversidade da própria marcha, que conta com a participação de mulheres negras, indígenas, das periferias, de todas as idades. Esta organização também passa por ações de formação, por uma estratégia de comunicação popular e pelo desafio de criar mecanismos de autofinanciamento.

Com informações do Coletivo de Comunicadoras da MMM – SP