Entre os dias 10 e 14 de fevereiro, o MST realiza, em Brasília, seu 6º Congresso. Com o lema “Lutar, construir Reforma Agrária Popular”, o congresso contará com a presença de 15 mil trabalhadores e trabalhadoras de 23 estados brasileiros, além de 250 convidados internacionais, e tem como objetivo discutir e fazer um balanço crítico da atual situação do movimento, traçar novas formas de luta pela terra, pela Reforma Agrária e por transformações sociais, além de comemorar seus 30 anos de existência.

Participação das mulheres no MST e criação do setor de gênero

Para Kelli Mafort*, da coordenação nacional do movimento e do Setor de Gênero do movimento, “desde a criação do MST, sempre esteve presente o desafio da participação e envolvimento de toda a família no processo de luta pela terra: homens, mulheres, jovens, idosos e crianças são todos e todas protagonistas de sua própria história e a participação das mulheres possibilitou a organização de coletivos de auto – organização e discussão sobre sua situação de opressão de classe e de gênero. O conjunto do Movimento foi provocado a se envolver e isso criou as condições para o debate de como construir novas relações de gênero.”

Criado no Encontro Nacional do MST, em 2000, o Setor de Gênero do movimento tem “a tarefa de estimular o debate de gênero nas instâncias e espaços de formação, de produzir materiais, propor atividades, ações e lutas que contribuíssem para a construção de condições objetivas para participação igualitária de homens e mulheres, fortalecendo o próprio MST.”

Kelli afirma que “mesmo que várias destas metas sejam ainda um desafio permanente, a construção do setor de gênero possibilitou um novo significado da luta pela terra, onde todos e todas sentem-se sujeitos participantes de um processo de mudança.”

Mais informações sobre o 6º Congresso  podem ser encontradas no site do MST, no facebook  e no twitter do movimento.

*Disponível na página do MST