O Centro Feminista 8 de Março lançou este mês seu novo curta-metragem, intitulado “Mulheres do quintal ao mar”. O material é fruto do trabalho do Centro através do projeto de mesmo nome, co-financiado pela União Europeia, e se propõe a mostrar a rotina das mulheres do roçado e do mar do semiárido potiguar.

O vídeo mostra como, através da auto-organização, as mulheres do Rio Grande do Norte diversificam a sua produção no campo e constroem alternativas agroecológicas, de economia solidária e de convivência com o semiárido mudando suas vidas e o mundo.

Através do projeto Mulheres do Quintal ao Mar, o Centro Feminista trabalhou na construção da auto-organização de grupos de mulheres, capacitação, formação e articulação que levaram desde a criação de animais de pequeno porte; construção de tecnologias sociais como o filtro de reuso de água, projeto Água Viva; o desenvolvimento de hortas, quintais produtivos; ao beneficiamento de pescado e diversificação da produção de mulheres pescadoras e agricultoras de Mossoró, Apodi, Upanema, Pendências, São Rafael, Porto do Mangue, Tibau, Grossos, Rosado e Areia Branca.

Com duração de 11 minutos, o curta Mulheres do Quintal ao Mar destaca a auto-organização das mulheres que, de acordo com Conceição Dantas, da coordenação do Centro Feminista: “é essencial para potencializar a produção agroecológica, fortalecer a economia solidária e a luta feminista pela autonomia e igualdade. Quando as mulheres se sentem fortalecidas, se sentem capazes de criar, produzir e reinventar a vida. Que possamos melhorar a vida de mais e mais mulheres!”

As gravações ocorreram no final do ano passado e o curta-metragem foi produzido pela Maria Baderna Filmes, produtora audiovisual composta apenas por mulheres. Sobre ser uma das protagonistas da história, Dona Alvanir Pereira, agricultora do Assentamento Monte Alegre, Upanema, fala que “a gente trabalha com o que gosta, contando umas com as outras, produzindo alimento limpo, sem veneno e quando mostram o que a gente faz, a gente se sente importante, né?”

Assista:

Texto adaptado do Blog do CF8